MOVIMENTO ESCRITA IMAGEM SOM

o lugar, entre-lugar e o não-lugar da palavra-corpo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ausência Tua


Ter e te entender é mais do que poder
É saber que pode tocar e que não pode ter...

Ahhh..
O que seria de mim

Sem o rio
Sem o riso,
Sem o brilho
Do teu sorriso...

Tímido,
Estrangeiro,
Mensageiro

Fora, agora, lá fora...aqui dói, rói, corrói...mas
Ama, reclama, e te chama.


Vem te espero, te quero
E às vezes até te detesto,

Mas é aqui, comigo
Às vezes sozinho,  sozinha...
E um outro, outra...
Metade, um quarto
Vazio...

Agora,
Aqui fora
Tão distante
Ausente...

Um dia será diferente, ou não!  Não importa...
O que importa é a
Insuportável e às vezes presente ausência tua.

(Composição: Daniele Nakashima e Cristiano Trein)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Experimentar o Experimental

 


Experience the Experimental.
The favela’s speech.
The decisive nodule never stopped being the spirits of the floating language, invitation for a journey.
And now, I mean, what am I?
My name is Waly Salomão, an Arabic name, Waly Dias Salomão.
I was born in a small village of the caatinga in Bahia, Bahia’s backlands.
The son of an Arabic father and an inlander from Bahia…
“The memory is an editing station…the memory is an editing station…”
I was born under a quiet roof, and my dream was a tiny dream of mine.
In the science’s care I was trained, now, in between my own being and an unfamiliar being the boundary’s string is broken; the boundary’s string is broken! Ether chamber.
“I have a foot on the ground, because I’m Virgo, but my mind, I like it flying.”
I embody the revolt, dance of intellect and Dionysian action.
Obsessive idea of establishing a new order facing the exhausted categories of art and the indignation of the ethics’ defiance, the nearly catatonia of the almost cinema and the Epiphanic triumph of Eden…
Samba, the body’s owner.
Musical expression of the black ethnic, or half-breed groups, on the Brazilian urban life’s picture.
Ok, let’s create: “Once upon a time…”

(Waly Salomão - tradução: Daniele Nakashima)
                                                                                       

Waly Dias Salomão (Jequié, 3 de setembro de 1943 – Rio de Janeiro, 5 de maio de 2003) foi poeta brasileiro.
Era filho de sírio com uma sertaneja. Atuou em diversas áreas da cultura brasileira. Seu primeiro livro foi Me segura qu’eu vou ter um troço, de 1972. Em 1997, ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura como livro de poesia Algavarias. Seu último livro foi Pescados Vivos, publicado em 2004, após sua morte.
Foi letrista de canções de sucesso, como Vapor Barato, em parceria com Jards Macalé. Amigo do poeta Torquato Neto editou seu único livro, Os Últimos Dias de Paupéria, lançado postumamente. Suas canções foram interpretadas por Maria Bethânia, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto e Gal Costa, entre outros. Na década de 1960, participou do movimento tropicalista.
Nos anos 1990, Waly Salomão dirigiu dois discos da cantora Cássia Eller, são eles Veneno AntiMonotonia (1997) e Veneno Vivo (1998).
Trabalhou no Ministério da Cultura, como assessor de Gilberto Gil, no início do seu mandato, e uma de suas propostas era a inclusão de um livro na sesta básica dos brasileiros.
(Wikipédia)